XXIV
Teus pelos caninos se eriçam
E o dorso lunar me ancora
Titubeio em brancas nuvens
E me parte a carne outrora
Me recende a terra preta
Artérias pulsam eletrônicas
A chuva espreita passageira
E no esperar se faz sinfônica
Escrevo mais das calmarias
Me hibernei no teu sargaço
A peleja me eviscera
Quem me sou além de aço?
Por monções desnorteadas
Trota a pena desalmada
Teu olhar sibério e oblíquo
Teu olhar terra minada
Paira o campo assolado
A vaidade sem raiz
E a comportar migalhas
Um insólito aprendiz
Os teus flancos galopantes
Mentem pardas pradarias
E mentira por mentira
Um atentado à Geografia
Tanto espasmo condensado
Se derrete ao derredor
E a tinta aqui se esvai
Desbotando amor maior
Acuadas em desterro
Legiões de glórias vãs
Equacionam a miséria
Ostentam pose malsã
Meu rincão em rima rota
Submerge em teu suspiro
Me despenha seus quadris
E sem perguntar atiro
Em teu úmido astrolábio
Erram soturnas esquadras
Ruma teu quadrante sul
Meus arremedos de quadra
Se um dia vir à tona
Esse torpe alaúde
Nessas rotas escarpadas
Fui só aquilo que pude
Já você orbita plena
Meu oposto equinócio
E te fiz tão leviana
Sempre a despertar meu ócio.
Submerge em teu suspiro
Me despenha seus quadris
E sem perguntar atiro
Em teu úmido astrolábio
Erram soturnas esquadras
Ruma teu quadrante sul
Meus arremedos de quadra
Se um dia vir à tona
Esse torpe alaúde
Nessas rotas escarpadas
Fui só aquilo que pude
Já você orbita plena
Meu oposto equinócio
E te fiz tão leviana
Sempre a despertar meu ócio.
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