quinta-feira, 7 de julho de 2016
FORJA
Desaprendendo amor
Creio estar amando,
Vendo fugas findarem
Loucas.
Desamando preces,
Creio estar crescendo,
Sorrindo passos tortos
Bêbados.
Sou curva de caminho,
Inconsequente,
Sou lembranças parcas
No gosto da aguardente.
Se tomarmos o laço
Ao pé da letra,
Você será criança
Por ter dança no caminho
E eu avô, de velho
Caminhar sozinho.
Espero beijar um neto.
Vou lembrar violões
Nas primeiras afinações.
E o gosto da chuva
Vai nascer sobrinhos
No pó das possibilidades -
Sem querer,
Novas cidades.
O barro de tantas tramas
Vai forjar invernos
Lentos
E, se acaso
O tempo atropelar carinhos,
Tão velhos,
Seremos pontos
Tontos no espaço.
Não levantamos cama
À toa -
Tínhamos, na mão,
Chances
E brindamos ao vento
Cuspindo
Na cara dos vermes,
Nascendo,
Da brisa mãe
Ao soluço
Das manhãs.
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