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XXII
O que me ama na vida
São essas memórias não minhas,
Esse não ter estado em certos lugares,
Esses rios serenos
E a bruma alimentando musgos
Nos troncos das árvores esquecidas.
Incontáveis Orientes
Têm me assombrado
Por infindáveis madrugadas.
Sonho que meus dedos esquálidos
São galhos secos
Rasgando a brisa de outono,
Tecendo uma canção,
Rompendo o véu de Maia.
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