sexta-feira, 15 de setembro de 2017

PRESSÁGIO



Virá a primavera
Permeando,
Displicentemente,
As eras do jardim,
Numa época
Onde sangue denso
É matiz de soluço
E passeamos
Nimbos-estratos
Na seca galeria.
Virá a outra vida
Do esterco e
Feito enchente
Entonará tangentes
Insulando
Pasmos teoremas
Na voracidade
Em rasgar a carne
Acostumada,
Viciada,
Apegada
Aos calendários,
Postos no muro
Onde o olho passeia
Vitrines e fomes,
Dos jardins
De casas abismadas
Enamoradas
Em tornados.

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