sábado, 8 de julho de 2017

SONETO MERCANTIL



Tudo tão visto,
Tão tido,
Tão cuspido e escarrado
Que se pode acreditar
Que todo Rimbaud
Tem seu Harrar.

O poeta não vale um vintém
E que os anjos, lá no céu,
Digam amém:

Um prato de comida e o léu
Ferem o olho de alguém
Acostumado a escarcéu.

Um soneto
Vale um franco no espeto?

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