sexta-feira, 13 de janeiro de 2017
SONETO PERDIDO, MAS ACHADO
Mulher foste, sem dúvida, a mais bela
Na beleza vã, que é minha beleza -
Sempre dormindo e com uma franqueza
Leviana, sonhando-te, te vela.
Hoje, talvez sejas não mais aquela,
Andas desprevenida de surpresas
E, sempre, a mais sutil delicadeza
Disfarça a transparência da sequela
Desperta ao leve toque da retina
Nossa - e tua perna treme e eu sentado,
Vislumbro, mais que mulher, a menina
Assustada, correndo e, assustado,
Tremo, peno, enveneno, na surdina,
O quanto a beleza havia acordado.
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