Caneta parece nave em jornada
Num caminho que vai até o céu
E, desse jeito, as linhas no papel
Podem ser, perfeitamente, uma estrada.
Então, o céu pode ser uma história,
É só a nossa mente imaginar,
Já que, por certo, o tempo irá guardar
A tinta que será nossa memória.
Guardar até pode, mas não prender -
Sua sina está fadada a voar
E assim condenada a livre ser,
Pois um dia o vento pode cantar
Baixinho, no ouvido de quem ler,
De uma outra vida, o despertar.
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