sábado, 10 de dezembro de 2016

O EVANGELHO SEGUNDO A VERDADE (Versículo Quatro)

     

       








         - Tenho um relógio e ele não me deixa esquecer a vida, sorvida nos balcões, nos corações de todo o mundo entornado em copos e garrafas. A filosofia que não sei me acorda cedo, no medo do ladrão, na contramão da rua única à minha casa. Atrás do portão há uma grama onde trabalham formigas e eu nunca presto atenção...

Eis que então
A luz fez-se clarão,
Clarão bonito mesmo!
Mas clarão, só por clarão,
Não matou a satisfação
Que já havia, antes da estrelaria
Romper em torresmo,
Um arroto aguardente
De tão clarividente.

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