- Tenho um relógio e ele não me deixa esquecer a vida, sorvida nos balcões, nos corações de todo o mundo entornado em copos e garrafas. A filosofia que não sei me acorda cedo, no medo do ladrão, na contramão da rua única à minha casa. Atrás do portão há uma grama onde trabalham formigas e eu nunca presto atenção...
Eis que então
A luz fez-se clarão,
Clarão bonito mesmo!
Mas clarão, só por clarão,
Não matou a satisfação
Que já havia, antes da estrelaria
Romper em torresmo,
Um arroto aguardente
De tão clarividente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário