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Depois de inventar um novo grito,
Deixarei minhas rédeas ao vento
Para ouvir teus pés de granito
Andando brumas ternas, no momento,
Tanto tempo sangrando vinho
E morrendo gargantas aos espinhos;
Levando sonhos de escadas nos cabelos,
Deixando aos pinhos o apelo.
Pernas tristes, da sacada,
Choram a metade da colina.
Pra lá, lembrando seios de menina,
Sombras de cumes apontam estrada.
Num mundo velho sem porteiras
Beijos de orvalho e poeira
Violentam a chegada.
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