Tenho o tempo todo
Ao meu lado -
Num ardil de marceneiro
Posso forjar farpas
E lançá-las ao vento,
Viramundo enxerido
Abrindo e fechando portões
Aí fora, onde,
Supostamente,
Moras -
Não, não sou eu
Quem está chegando... -;
Posso farejar paixões traídas -
Ofício de cachorro desocupado:
Cadê o osso que estava aqui?
Ouvir músicas que,
Um dia,
Repartiria contigo:
"Ontem o amor era um jogo
Fácil de se jogar,
Agora preciso de um lugar
Pra me esconder".
Além de tudo
Estou aprendendo falar
Língua de livro de história -
Os sorrisos de meus irmãos
Rejuvenescidamente cansados,
Caminham a estrada,
Na qual,
Permaneço sentado:
"Será que alguém
Irá ouvir a minha história?"
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