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Se decapitassem nossas cabeças
Os zepelins chumbados,
No chuvisco outonal,
As praças fariam-se
Fundo de aquário
Tendo a música distante
Dos trovões
E a proximidade
Dos deuses,
O peso humano.
Se abrissem nossas goelas
Os plúmbeos martelos
E deixassem escapar fagulhas,
Os lampiões,
Esperando a nevasca,
Cobririam brumas
E selariam danças fatais.
Um tapete de cascavel,
Na rua principal,
Enrubescido equilíbrio,
Distraído
Em goelas marciais,
Os pés da tempestade.
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