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Um menino sem ver o mar
Acredita-o em azul
Degolando borrascas,
Rabiscando em algodão
E espumas.
Talvez teus sonhos
Sejam águas cansadas
E, por pouco que forem,
Céu enxuto,
Dando vazão a pardais
E atormentando canções
Nas grades
Das bocas dos violões.
Um menino sem ver o mar
Em sede,
Nos olhos de chuva.
Um livro de poemas
Esquecido na borda
De uma cratera lunar.
Na areia parda
Uma brisa de menina
E um cão a passear.
Um menino sem ver o mar
Espera caramujos no ouvido,
O ondear fazer sentido,
Ventando praias
E vestidos.
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