sábado, 24 de setembro de 2016
OLHOS DESVENDADOS
Queime minhas cartas.
Evapore lágrimas escondidas
Na pena de um rei.
Já estou doente
Desde aquele inverno -
Lembras do fogo em meus cabelos,
Em chamas que tentei roubar
Das lenhas do bosque?
Fico sentado na orla
Escarpada -
Dama de espadas
No coração prateado,
Frigidamente encantado,
Em lunares aragens.
Um imenso poço
Margeia toda a existência -
Atire pérolas aos porcos,
Com cuidado,
Todos estarão olhando louros
Em sua fronte
Por sobre o balcão.
Queime tudo que puder
Ser letra minha -
Assim meu sangue
Beija estrelas -
Um dia o céu,
Quem sabe,
Possa chovê-las.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário