Esfrega o ardor da labuta
Que o rio carrega,
Esfrega.
Esfrega o sossego que a noite
Sorrindo lhe entrega,
Esfrega.
Esfrega
O carvão da mão do teu homem,
Esfrega,
O que é do homem
O bicho não come,
Esfrega
Que o rio carrega.
Esfrega
A espuma no leito
Que o rio sabe ninar.
Esfrega
A nuvem no olho
Pro filho não mais chorar.
Esfrega
Que o rio carrega.
Esfrega o lençol
Que o sol não tarda deitar
E o rio carrega.
Esfrega o arrebol
Que a vida não tarda chamar
E o rio carrega.
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