quinta-feira, 4 de agosto de 2016

TODO



Te sentir
É pegar uma estrela com as mãos
E deixar
Outras caírem no chão,
Junto com o sentido
De não pisar todos os lugares.
Meu chão é tão pouco.

Tenho a geometria
De todo o teu lábio
E já decorei teus dentes, no decoro,
Aquele ponto em que acaba
Foge do foco.
Talvez o furo no queixo,
Só que suspenso no ar.
Alguma coisa falta.

Teu sentir
É vento desconhecido de passagem,
Deixando o toque
E se embrenhando na miragem,
Trazendo um quase-cheiro
E levando um
Quase pode ser a chave.

Toda a civilização irrompe do olho
Com ruínas, metafísicas e medos,
Eu, conexo no momento, contemplo
E morro.

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