Na tarde lavada pela chuva
A cidade molhada foi espelho
E o poeta andou no céu,
Catou bitucas na calçada
Passou pela fome e se viu,
No alto de seus sapatos surrados
Poeta.
A dor perdida no tempo
Foi a alma arrancada
Da carne,
Um amor dormente
Sob a tosca cicatriz,
Um desatino
Esquecido de porquê.
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