sexta-feira, 22 de dezembro de 2017
AS CIGARRAS
As cigarras zumbem,
Zumbem, zumbem
No céu azul
E uma puxa a outra
E outra e outra...
De repente é uma ciranda
Zumbindo a amplidão.
Pudera tanto zumbido
Estilhaçar esta redoma,
Não fosse infinita a prisão,
Não fosse tão pequeno o coração,
Não restasse ainda infinito
O azul no caco de vidro.
Não foi à toa
Que a chamaram cigarra,
Feminino de cigarro:
Se o cigarro vai bordando
De fumaça a solidão,
A cigarra vai bordando
De zumbido o verão.
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